
A Tecedeira dos Sonhos
Por Kenneth Schmitt
Tradução a 18 de agosto de 2025
Alissa estava à beira do penhasco, o oceano estendia-se à sua frente, ondas prateadas ondulavam como fios de uma grande tapeçaria. Já ali estivera muitas vezes, perdida nos seus pensamentos, perguntando-se por que razão as mesmas lutas pareciam regressar à sua vida como gaivotas ao sabor do vento.
Naquela manhã, sentiu o velho e familiar nó de desconforto a contorcer-se no seu peito. Um sócio tinha-a traído e, embora quisesse dizer a si própria que se tratava de um ressentimento justificado, algo mais profundo sussurrava o contrário. Medo, dizia o sentimento, o medo do poder. Esse poder vem de saber que só ela poderia escolher como isso a moldaria.
Ela fechou os olhos.
O sussurro transformou-se num som constante, emergindo do espaço silencioso atrás das suas batidas cardíacas. Ali, o mundo era diferente — leve, radiante e livre. Podia sentir o seu coração a movê-la em ondas de calor e sentimentos de alegria, até mesmo eletrizantes com impressões dramáticas e importantes. No seu coração, amava tudo a si sem condições, tecendo alegria em cada respiração, se ao menos se apercebesse.
E então ela ouviu e percebeu.
A traição já não parecia uma ferida, mas sim uma peça de puzzle a encaixar. O que parecia um obstáculo era agora uma porta brilhante. Via-se para além da condição de vítima e como a compositora da música que a rodeava. Estando viva e consciente, o campo quântico à sua volta começou a alinhar-se com as notas que tocava com os seus pensamentos e sentimentos. A gratidão era uma sinfonia. O medo era a constrição.
À medida que o vento aumentava, Alissa sorria. As ondas em baixo dançavam agora. Ela compreendia que todo o desafio pode ser apenas uma sombra projetada por uma luz mais brilhante, à espera de ser revelada na mente da tecedeira de sonhos. Ela podia escolher, a cada momento, sentir-se nessa luz.
A cada respiração, enchia-se de alegria, deixando-a transbordar para o tecido invisível da realidade. E naquele instante, ela soube que não é prisioneira das circunstâncias. É a tecedeira, a sonhadora, aquela que molda o mundo pelas preferências amorosas que traz dentro de si.
Kenneth Schmitt
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